RACISMO 2020.2 ADM ...
O que é racismo?
Racismo consiste no
preconceito e na discriminação com base em percepções sociais baseadas em
diferenças biológicas entre os povos. Muitas vezes toma a forma de ações
sociais, práticas ou crenças, ou sistemas políticos que consideram que
diferentes raças devem ser classificadas como inerentemente superiores ou
inferiores com base em características, habilidades ou qualidades comuns
herdadas. Também pode afirmar que os membros de diferentes raças devem ser
tratados de forma distinta.
Alguns consideram que
qualquer suposição de que o comportamento de uma pessoa está ligado à sua
categorização racial é inerentemente racista, não importando se a ação é
intencionalmente prejudicial ou pejorativa, porque estereótipos necessariamente
subordinam a identidade individual a identidade de grupo. Na sociologia e
psicologia, algumas definições incluem apenas as formas conscientemente
malignas de discriminação.
Entre as formas sobre como
definir o racismo está a questão de se incluir formas de discriminação que não
são intencionais, como as que fazem suposições sobre preferências ou
habilidades dos outros com base em estereótipos raciais, ou formas simbólicas
e/ou institucionalizadas de discriminação, como a circulação de estereótipos
étnicos pela mídia. Também pode haver a inclusão de dinâmicas sociopolíticas de
estratificação social que, por vezes, têm um componente racial. Algumas
definições de racismo também incluem comportamentos e crenças discriminatórias
baseadas em estereótipos culturais, nacionais, étnicos ou religiosos
Tipos de racismo
→ Preconceito e
discriminação racial ou crime de ódio racial
Nessa forma direta de
racismo, um indivíduo ou grupo manifesta-se de forma violenta física ou
verbalmente contra outros indivíduos ou grupos por conta da etnia, raça ou cor,
bem como nega acesso a serviços básicos (ou não) e a locais pelos mesmos
motivos. Nesse caso, a lei 7716, de 1989, do Código Penal brasileiro prevê
punições a quem praticar tal crime.
→ Racismo institucional
De maneira menos direta, o
racismo institucional é a manifestação de preconceito por parte de instituições
públicas ou privadas, do Estado e das leis que, de forma indireta, promovem a
exclusão ou o preconceito racial. Podemos tomar como exemplo as formas de abordagem
de policiais contra negros, que tendem a ser mais agressivas. Isso pode ser
observado nos casos de Charlottesville, na Virgínia (EUA), quando após
sucessivos assassinatos de negros desarmados e inocentes por parte de policiais
brancos, que alegavam o estrito cumprimento do dever, a população local
revoltou-se e promoveu uma série de protestos.
→ Racismo estrutural
De maneira ainda mais branda
e por muito tempo imperceptível, essa forma de racismo tende a ser ainda mais
perigosa por ser de difícil percepção. Trata-se de um conjunto de práticas,
hábitos, situações e falas embutido em nossos costumes e que promove, direta ou
indiretamente, a segregação ou o preconceito racial. Podemos tomar como
exemplos duas situações:
1. O acesso de negros e
indígenas a locais que foram, por muito tempo, espaços exclusivos da elite,
como universidades. O número de negros que tinham acesso aos cursos superiores
de Medicina no Brasil antes das leis de cotas era ínfimo, ao passo que a
população negra estava relacionada, em sua maioria, à falta de acesso à
escolaridade, à pobreza e à exclusão social.
2. Falas e hábitos
pejorativos incorporados ao nosso cotidiano tendem a reforçar essa forma de
racismo, visto que promovem a exclusão e o preconceito mesmo que indiretamente.
Essa forma de racismo manifesta-se quando usamos expressões racistas, mesmo que
por desconhecimento de sua origem, como a palavra “denegrir”. Também acontece
quando fazemos piadas que associam negros e indígenas a situações vexatórias,
degradantes ou criminosas ou quando desconfiamos da índole de alguém por sua
cor de pele. Outra forma de racismo estrutural muito praticado, mesmo sem
intenção ofensiva, é a adoção de eufemismos para se referir a negros ou pretos,
como as palavras “moreno” e “pessoa de cor”. Essa atitude evidencia um
desconforto das pessoas, em geral, ao utilizar as palavras “negro” ou “preto”
pelo estigma social que a população negra recebeu ao longo dos anos. Porém, ser
negro ou preto não é motivo de vergonha, pelo contrário, deve ser encarado como
motivo de orgulho, o que derruba a necessidade de se “suavizar” as denominações
étnicas com eufemismos.
Situações que comprovam a existência do racismo
Mortalidade: quando colocamos
na balança fatores como renda, cor da pele, localização em que mora e idade, o
número de negros que sofreram homicídio é superior ao número de brancos.
Redes sociais: quem tem
acesso as redes sociais já sabe, elas estão repletas de conteúdos ofensivos e
racistas. Isso acontece pois muitas pessoas acreditam que por estarem no meio
online, nunca serão pegas e nem precisarão se responsabilizar por tais atos.
Como evitar o racismo no dia-a-dia
Mesmo tão enraizado, existem
ações que podem ser colocadas em prática para evitar o racismo no dia-a-dia.
Conheça algumas delas:
Admitir o erro
Quando a pessoa se torna
ciente de que é racista, isso não quer dizer que ela está admitindo uma
fraqueza, mas sim que ela é madura o bastante para reconhecer e querer mudar
tal falha. Só quando o indivíduo assume o erro, ele será capaz de praticar
ações para resolver o problema.
Ter empatia
Independentemente da cor de
uma pessoa, ter empatia e se solidarizar com o próximo é essencial para que o
indivíduo reflita que atitudes racistas podem causar dor e sofrimento a alguém
e assim, tomar o cuidado para não replicar tais atos.
Evitar expressões racistas
O nosso vocabulário é repleto
de expressões para as situações do dia-a-dia, porém, muitas delas possuem alto
teor racista, como “fulano fez um serviço de preto” ou “a menina tem cabelo de
palha de aço”. O racismo não deve estar presente em nenhuma situação, inclusive
nas nossas expressões.
O racismo infelizmente ainda
existe, por conta disso, é um assunto que deve sim ser comentado e debatido em
escolas, em rodas entre amigos, no transporte público, na internet e na mídia.
As pessoas precisam tomar consciência de que esse é um problema existente na
nossa sociedade que deve urgentemente ser combatido e que elas são partes auxiliadoras
em todo esse processo.
Escrito por:
Gabriel Pereira Macedo.
Iasmin Victória Rodrigues de
Souza.
Katlen Fernandes de Araujo
Albino.
Laryssa Duarte de Oliveira.
Lucas de Sousa Soares.
Raissa Loureiro de Almeida
Santos.
RayanneNagary de Moraes Nogueira.
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