O uso, abuso e dependência química de drogas e seu impacto no ambiente de trabalho



Você percebeu que seu funcionário, colaborador e/ou colega de trabalho teve queda de produtividade, sofreu algum acidente de trabalho, faltou muitas vezes, soube que suas relações familiares e sociais não vão bem?
Se sua resposta foi sim, portanto, ele merece atenção e cuidado. Estes são sinais muito comuns e frequentes em indivíduos envolvidos com álcool e outras drogas. Como todos sabemos, este problema público de saúde atinge todas as idades, classes econômicas e esferas sociais, inclusive o ambiente de trabalho.


Você sabia?
* O uso indevido de álcool e outras drogas no ambiente de trabalho afeta até 15% dos empregado
* 5 vezes as chances de acidentes de trabalho
* É responsável por 50% do absenteísmo e licenças médicas
* Aumento de custos com rotatividade dos funcionários


Os exames toxicológicos são fundamentais para um bom programa e vale aqui esclarecer um pouco:
Os exames são realizados em material biológico e podem ser:

* Cabelos/Pêlos e/ou raspas de unhas: Estes são exames com larga janela de detecção (90 dias cabelos e 180 dias pêlos). São detectados 14 tipos de drogas e caso positivo, fornecem um gráfico com o padrão de consumo de levíssimo a gravíssimo. Coleta rápida, simples e não constrangedora, recipiente não precisa de cuidados especiais, pode ser enviado via Correios.
* Urina: Para o exame de urina acontecer, depende da vontade da pessoa para disponibilizar o material para analise, coleta simples, porém muito constrangedora. A janela de detecção de 48 h para todas as drogas exceto maconha que pode chegar a 7 ou 14 dias. Recipiente precisa de refrigeração e existem laboratórios no Brasil para analisarem as amostras.


Mas, testes tóxicológicos são permitidos por lei?



As empresas não estão legalmente impedidas de exigir a realização dos exames toxicológicos, a sujeição dos empregados e candidatos a vagas nas empresas, desde que os mesmos deem seu consentimento e saibam a finalidade do teste, vale ressaltar que o consentimento do empregado/candidato deverá abranger, inclusive, o acesso destas empresas ao resultado do exame toxicológico o qual deverá ser tratado como confidencial. 

O programa vale a pena e os resultados esperados são:



* Redução de acidentes de trabalho;
* Queda de absenteísmo, atrasos e licenças médicas;
* Economia nas despesas de assistência médica
* Diminuição dos problemas com colegas de trabalho e na família;
* Aumento de produtividade;
* Preservação da saúde física, mental e motivação dos colaboradores e familiares.

Cada programa é criado de acordo com a missão, valores, cultura, queixa, demanda e singularidades de cada empresa, afinal, deve ser visto e servir para promover qualidade de vida e saúde. Sem contar que devem ser feitos por empresas experientes, eficientes e confiáveis na área de testagem toxicológicas e prevenção, ensino, tratamento e consultoria em álcool, drogas e dependência química.

Os riscos de acidentes ficam elevados


Pesquisas revelaram que, mesmo quando não leva à embriaguez, o álcool altera a capacidade cerebral. Por causa da sua atuação, ele gera problemas cognitivos, motores e de memória que não são percebidos por quem o consome.

Com isso, aumentam os riscos de haver acidentes. Um funcionário que bebe frequentemente e dirige ou comanda uma máquina está mais suscetível a ocorrências.

Mesmo o cigarro pode levar a problemas do tipo. O desejo de terminar rápido para poder fumar é um motivador do caso. Em locais com materiais sensíveis e inflamáveis, por exemplo, o efeito é muito intenso.

Como a empresa deve agir?


Diante de funcionários que encaram o vício em cigarro e/ou álcool, é fundamental que o negócio adote uma postura proativa. Em vez de apenas lidar com licenças, afastamentos e quedas de produtividade, o ideal é buscar uma atuação adequada.

Para tanto, é relevante estimular a prática de hábitos saudáveis e promover a conscientização. A ideia é mostrar que lidar corretamente com esses aspectos ajuda os colaboradores a serem mais eficientes e, consequentemente, contribui para o crescimento empresarial.

Para melhorar os resultados, vale a pena até firmar parcerias com empresas que ofereçam programas especiais. Assim, o processo de conscientização e cuidado com a saúde ganha intensidade.

Após reconhecer a queda da produtividade no trabalho pelo consumo de álcool e cigarro, o negócio deve agir para reduzir os efeitos. Como resultado, ela poderá crescer de forma estruturada e mais econômica.

Risco e proteção

O consumo de substâncias químicas lícitas e ilícitas hoje é mais do que um problema dentro das empresas. Antes apenas relacionado aos mais jovens, o uso de drogas agora atinge o alto escalão até de multinacionais. Desde funcionários terceirizados até executivos podem tornar-se dependentes por fatores como estresse, pressão por resultados, sobrecarga de trabalho, falta de reconhecimento e de "feedback" dos chefes.

O consumo de álcool e outras drogas tem afetado a vida de boa parte dos 82 milhões de trabalhadores brasileiros.
Estatísticas recentes apontam o Brasil entre os cinco primeiros do mundo em número de acidentes no trabalho. São em média 500 mil por ano e 4 mil deles resultam em mortes. Os setores em que mais ocorrem são: construção civil, indústrias de metal e mecânica, eletroeletrônica, moveleiras e madeireiras.

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