O IMPACTO DO AUDIOVISUAL NO MERCADO DE TRABALHO 2018.2



O impacto do Audiovisual no Mercado de Trabalho

Resultado de imagem para cinema
imagem retirada do google

não é de hoje que as influências do meio audiovisual norteiam as nossas vidas na sociedade. Quando ainda era um recém-nascido, o cinema já era utilizado como propaganda para governos totalitários, como o período da Revolução Soviética e também o Nazismo.
Stalin e Hitler eram cinéfilos assumidos, e utilizaram de documentários e filmes de ficção para propagarem seus ideais para seu público e conquistarem mais pessoas. Mas o que pode ser pensado, como cita Walter Benjamin, como um objeto “alienador de massas”, também pode ser utilizado como um veículo e ferramenta de ensino-aprendizagem, podendo retratar propostas culturais, políticas, históricas e sociais de maneira lúdica e didática.
Peguemos como exemplo a obra “Assim na Terra como no Céu”, filme indiano que conta a história de um menino dislexo com dificuldade de aprendizagem, por não ser instruído da maneira adequada a suas dificuldades. Esta obra traz ao espectador uma crítica pedagógica sobre os meios tradicionais de educação que estamos inseridos, e como podemos nos atualizar com métodos que se adequem a cada pessoa com suas dificuldades. 
Sabendo disso, podemos averiguar diversos filmes que abordam o contexto do mercado de trabalho, e muita das vezes como um ambiente hostil e sufocante, como exemplo “Os incríveis”, em que o personagem estressado com seu trabalho monótono, sem poder exercer o que realmente ama (que é ser um super-herói), acaba gritando com o próprio chefe. 
Mas o que devemos nos questionar, é por que continuar focando em aspectos negativos do cotidiano do trabalho, quando podemos nos inspirar através de histórias que contribuem para nossa formação crítica da sociedade que vivemos e que nos fazem refletir sobre nossas motivações no mercado de trabalho.
Através do audiovisual podemos perpetuar a ideia de trabalho como algo insatisfatório, indigno e torturante, como podemos mudar, e repensar nossa maneira de ver nosso cotidiano trabalhista, e procurar representações mais motivacionais e inspiradoras, para que possamos refletir sobre uma nova maneira de ver nossas vidas.

a pROCURA DA FELICIDADE

Resultado de imagem para a procura da felicidade
Imagem retirada do google do filme "A Procura da Felicidade" de Gabriele Muccino
O filme retrata a história de Chris Gardner, que é interpretado por Will Smith. Nele vemos o personagem investir todo seu dinheiro em uma máquina médica, com o intuito de melhorar suas condições financeiras que não eram tão boas. Entretanto, fora uma decisão mal pensada, já que o produto não tinha um custo benefício tão bom para o mercado. Com este aspecto, a premissa se desenvolve com Chris enfrentando cada vez mais dificuldades financeiras, até ser abandonado por sua esposa, que não aguenta mais a instabilidade que estavam vivendo. Sendo, agora, pai solteiro de um filho de cinco anos e desempregado, o personagem não desiste de vender sua máquina, e se inscreve para um estágio não remunerado na esperança de ser contratado ao final do contrato, e poder crescer dentro da empresa. E mesmo com toda dificuldade enfrentada, vemos determinação, esperança, abdicação e motivação no personagem, em busca de melhorias para sua vida e de seu filho. Uma excelente história para nos inspirarmos sempre a lutar por nossos sonhos, e enfrentarmos nossas barreiras – por mais altas que elas sejam – para podermos seguir em frente.



O DIABO VESTE PRADA

https://lh6.googleusercontent.com/RxpdSqopE7uLGPZUCdaA-97kNss8zO6u9d-1kx6eorqHg2D7_9pYuoUSZ6TGuVwO4jb7RqKRM4EGRl7ehK2RHr_xLl7-ipaJKcX3AnngyE9IOxHcppkPw9BpFBO6YdbhuCs3iD4N
Imagem retirada do google do filme "O Diabo Veste Prada" de David Frankel
   andy, uma moça recém-formada e com grandes sonhos, vai trabalhar na conceituada revista de moda Runway; sua função é ser assistente da diabólica Miranda Priestly. Andy, que não se sente bem no ambiente tenso de trabalho, questiona sua habilidade em continuar como assistente de Miranda.
  A trama tem como personagem principal: Andy, interpretada por Anne Hathaway (de Um Dia e Amor e Outras Drogas), que é uma jornalista recém-formada em busca de emprego na cidade de Nova York.
    Sem nenhum conhecimento sobre moda, Andy que se veste a qualquer maneira e pouco se preocupa com aparência, acaba conseguindo uma vaga de secretária na revista Runway, uma das revistas de elite da moda americana, famosíssima em todo o mundo fashion. Tendo como editora a dita por todos como megera Miranda, interpretada por Meryl Streep (Mamma Mia). Miranda critica tudo e a todos, em maioria nas vezes tratando mal seus funcionários, o que não seria diferente com Andy.
       Após sofrer tantas humilhações no trabalho, Andy decide mudar completamente seu visual, com a ajuda de um colega, desta vez incluindo todas as grifes aclamadas pela moda, assim sendo aceita no mundo de glamour em que acaba participando, mesmo não agradando todos ao seu redor.
      Ao mudar seu jeito para se encaixar totalmente ao padrão imposto por seu cargo, Andy percebe que acabou deixando para trás coisas mais importantes em sua vida, perdendo muitas delas por dar atenção ao serviço em tempo integral.
  Prestando atenção no contexto da história percebemos vários acontecimentos. Começando com Andy que não desiste de maneira alguma de mostrar o quanto  é profissional, e se esforça ao máximo para trabalhar com excelência, ultrapassando suas limitações. E tristemente não é dado a ela seu devido valor.
    A trama nos encoraja também a dar sempre o seu melhor, que sempre há alguém que preste atenção no que estamos fazendo, ser o diferencial. Tomando cuidado para que não aconteça o mesmo que com a personagem principal, deixar que o trabalho seja o centro da sua vida, perdendo o que acontece ao seu redor, devemos saber dividir um momento para tudo, não mudando sua essência, assim sabendo se moldar à empresa mas não se perdendo neste meio a ponto que não saiba mais quem você é. 
   O excesso de trabalho causa inúmeros problemas, na vida pessoal e também na acadêmica, com os dias de hoje tão corridos, difícil é separar um momento para si, mas deve-se ao menos tentar. 
                                         
pANTERA nEGRA


https://lh6.googleusercontent.com/cKUXQYx4qvj_Iql59XkiW0VD1pxumhaZ5YeKomv9MZ8vhSgkXJ7kHKXYroWbt6WxhXXv5T5WT7nWBh1w6cYc9uRpc8t2dhIucprHvh8w0B1XOpE4bC90oSfOxH9Pj3UZhApUhhyF
Imagem retirada do google do filme "Pantera Negra" de Ryan Coogler.

Após a morte de seu pai, o rei T'Chaka, T’challa, interpretado por Chadwick Boseman (A Grande Escolha/ Deuses do Eito), retorna a sua futurística nação na África conhecida como Wakanda para sua cerimônia de coroação. Nelas estão reunidas as cinco tribos do reino, incluindo os Jabari, liderados por M’Baku, rival político de T’Challa que desaprova o atual governo. Após isso, T’Challa parte para uma missão acompanhado de Okoye, sua chefe da guarda de Wakanda, interpretada por Danai Gurira (The Walking Dead), sua ex-namorada Nakia, interpretada por Lupita Nyong'o (O despertar da Força) e sua irmã Shuri, que coordena a parte tecnológica de Wakanda. Juntos, eles estão no encalço de Ulysses Klaue um traficante que roubou um punhado do raríssimo minério exclusivo de Wakanda conhecido como Vibranium. Porém, no decorrer da Trama eles descobrem que Ulysses não passa de um mero capanga em um ardiloso plano para dar um golpe-de-estado e roubar o posto de rei de Wakanda, feito pelo grande vilão Killmonger, interpretado por Michael B. Jordan (Creed: Nascido para Lutar).

A grande aposta de sucesso para 2018 da MARVEL STUDIOS foi o filme Guerra Infinita, que estreou apenas dois meses após Pantera Negra. O filme apesar de ser o mais aguardado pelos fãs, teve um alto rendimento, que ficou apenas US$ 100 milhões acima de Pantera Negra, o filme não o superou em sua crítica e repercussão. Muito além de batalhas épicas, excelentes efeitos especiais, figurinos e trilha sonora, o real motivo para o estrondoso sucesso de Pantera Negra não poderia ser mais sutil e simples possível: a representatividade racial.

Em si, o filme é extremamente único, pois diferente de muitos outros longas, possui negros ocupando não só o papel principal, como a maioria dos papéis e não apenas o de coadjuvante ou alívio cômico, no caso desse filme isso acaba sendo invertido esse papel é assumido por um ator branco.

O filme também mostra toda a riqueza e beleza da cultura da africana, muitas vezes ofendida ou feita de maneira estereotipada, somada a alta tecnologia da nação fictícia de Wakanda, mostrando assim uma total quebra do estereótipo de “África pobre e subdesenvolvida”, uma intenção proposital de Stan Lee, um dos roteiristas do personagem ao cria-lo nos anos de 1960.

Muito além de representatividade o filme também nos passa uma importante mensagem a respeito da segregação racial e desigualdade do mundo, sempre que alguém fala implicitamente de Wakanda as pessoas automaticamente que por ser uma nação da África não tem nada a oferecer além de “fazendeiros”. Saindo do mundo do cinema, infelizmente, a segregação racial e a desigualdade são um problema muito forte no mundo e principalmente no mercado de trabalho, mesmo após décadas de evolução isso ainda ocorre, mesmo no Brasil que é o país que mais concentra pessoas negras fora da África, mais de 53% da população, segundo o IBGE. Segundo esse mesmo instituto, entre 2005 e 2015, o percentual de negro e negras universitários saltou de 5,5% para 12,8%, entretanto essa melhora significativa não é igual quando analisamos o mercado de trabalho, onde mesmo os negros ou negras mais graduados acabam não tendo muita representatividade. O primeiro dos desafios, é preencher sem sucesso vagas de grande influência e remuneração, por serem cargos de direção ou gerência, que dificilmente é ocupado por negros por este não ter o “perfil” ou “experiência necessária”, o segundo, apesar de uma significativa diminuição ao longo dos anos, é a disparidade salarial, onde independente do cargo, onde negros ganham 59% do salário dos brancos, e o terceiro, e o mais lamentável, é o esforço a mais que uma pessoa negra precisa ter para ingressar no mercado de trabalho pois, constantemente pessoas precisam ficar provando que são realmente qualificados e conseguir a vaga de emprego.

Por esses motivos, é extremamente importante que a sociedade e principalmente empresas promovam uma cultura de respeito, representatividade e inclusão, tema esse também abordado no filme quando rei de Wakanda muda a política de isolamento de sua nação do mundo citando a frase:“...Em tempos de crise, o sábio constrói pontes, enquanto o tolo constrói muralhas”, todas as pessoas têm muito a oferecer em quaisquer aspectos da sociedade, seja de maneira artística, social, educacional ou trabalhista independente de sua etnia.

Atualmente, a Johnson & Johnson é uma das poucas organizações no mundo que conta com negros, latinos e asiáticos em cargos de alta gestão. Reafirmando a importância do diferente para a compreensão do mundo, porque, de acordo com a empresa: “Não importa ter apenas um olhar sobre o todo, é preciso ser plural”. Inclusive, por essa visão, a empresa foi listada como a quinta entre as top 50 empresas mais diversas do globo. Iniciativas como essa, não são apenas uma maneira de agregar valor à marca como também melhorar o ambiente organizacional, melhorar as políticas de inclusão, e melhorar a produtividade de um negócio que assim pode interferir diretamente na sociedade fazendo com que ela, de pouco em pouco, mude para uma mais justa, pacífica e unida.

Alunos: João Vinicius, Maria Victória e Úrsula Ferreira- Curso de Aprendizagem Administrativa 2018.2

Comentários

Postagens mais visitadas