A MENTE DO JOVEM DO SÉCULO XXI ESTÁ PREPARADA PARA O MERCADO DE TRABALHO?


O mercado de trabalho carece cada vez mais de profissionais qualificados e, partindo desse princípio, observamos que hoje a maior parte da juventude tem seguido por uma via que não o prepara para ingressar no mesmo. Uma série de fatores tem culminado para que as mentes dos jovens do século XXI estejam cada vez mais distantes dessa qualificação. As influências recebidas ao longo de seu principal período de desenvolvimento, como: o ambiente de uma família desestruturada, as más influencias de amigos, a mente condicionada a parte negativa da tecnologia e as futilidades da mídia, somados ao “Bem-estar social” (a saber uma responsabilidade do Estado), propiciam aos jovens uma vida desqualificada para suprir as necessidades do mercado.


O ambiente familiar, é o primeiro fator influenciador que a criança será exposta antes de torna-se um jovem. Essa primeira parte é uma das mais, se não a mais importante para o desenvolvimento do indivíduo. Segundo Piaget: “a criança imita ou repete o que vê e são essas experiências que vão formar a base da memória e, mais tarde, o pensamento crítico”. Ou seja, segundo ele, a criança terá grandes chances de ser o reflexo dos pais, repetindo as ações das quais foi submetido, como: os pensamentos dos pais a respeito da educação e qualificação e, suas questões comportamentais enquanto indivíduo social. E no âmbito profissional, a menos que esse jovem receba uma instrução e incentivo, dificilmente ele conseguirá romper com as questões das quais foi condicionado no seu período de formação de caráter.
 Outro fator que pode culminar com a desqualificação do jovem são as suas relações sócias. Os amigos podem ser descritos como a principal mediação entre os indivíduos e o mundo, pois são essas representações compartilhadas de cada experiência um dos frutos para o desenvolvimento. Porém, observa-se que essas relações nem sempre caminham por vias construtivas, pois com o passar do tempo o jovem vem deixando de desenvolver o pensamento crítico e assim, buscando desenfreadamente por artifícios para suprir as suas necessidades emocionais cercando-se de outros jovens carentes de apoio.
 Vale salientar que o mal-uso da tecnologia - as redes sociais - também arrebatam o jovem da tão sonhada qualificação para o mercado de trabalho. Essa ferramenta, tão usual, poderia ser utilizada com a finalidade de auxiliar o jovem, investindo em conhecimento para agregar ao futuro e a vida profissional do mesmo. Entretanto, o que vemos são grupos expressivos de pessoas buscando aceitação no meio social, e exposição de formas fúteis às vidas felizes e realizadas que as mesmas desejariam ter. Essa necessidade de ser popular entre os jovens, que sofreu um acréscimo inegável nos dias atuais, tem a ver com o ambiente de competição na qual os indivíduos são submetidos.
 Por sua vez, a moradia, (muitas vezes a alternativa de moradia para pessoas carentes é a ocupação de terrenos periféricos que culminam no crescimento da favelização, onde o custo de vida é mais baixo.) e o poder aquisitivo impedem que esses indivíduos tenham acesso a uma boa qualificação. Percebemos que a configuração das grandes cidades brasileiras é excludente, tendo em vista que marginaliza um grupo social desfavorecido, enquanto que em algumas periferias se constituem como verdadeiros guetos onde o nível de escolaridade e baixa, ao passo que nas grandes cidades formam-se bairros dotados de luxo, com os condomínios fechado e assim tornando um cotidiano diferente para os jovens. O cenário político atual não é dos melhores por isso ocorre muito desinteresse em relação a esse assunto entre os jovens; com os serviços sociais prestados pelo estado sendo de má qualidade torna-se possível a manipulação ou alienação dos jovens menos favorecidos e contudo tendo facilidade de fazer mão de obra barata e desqualificada para o mercado de trabalho gerando uma grande disputa.

CONSIDERAÇÕES FINAIS: 
Levando em consideração a capacidade das pessoas mais novas em reivindicação, criatividade aguçada, espírito crítico na identificação de soluções inovadoras e vontade de mudança, pode-se entender que: A juventude é a solução e não um problema – segundo relata a Organização das Nações Unidas (ONU).
Portanto, o acredita-se que o melhor caminho para o desenvolvimento dos jovens atuais é investindo em educação de qualidade e prestando a sociedade os serviços sociais adequados. “Se lhes forem ofertado um ambiente favorável, eles podem aproveitar as possibilidades oferecidas e depositar esforços em ações que beneficiarão o desenvolvimento sustentável, consolidando a democracia e cultivando uma cultura de paz, durante o presente e pelas gerações futuras”, afirmou o documento Empowering Youth, lançado no final de 2012, pela Unesco.

Aprendizagem Vendas 2019.10
Gabriel Nascimento, Flaviane Pontes, Eliel Mateus, Melodi Lima e Rayanne Borges

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