Xenofobia no mundo corporativo - 2018.1 ADM


XENOFOBIA
A palavra xenofobia significa medo ao estrangeiro, ou seja, medo de pessoas ou coisas que vem de um lugar diferente, podendo ser de outros Estados ou outros países. A xenofobia pode ser caracterizada como um tipo de preconceito ou um transtorno psiquiátrico. O preconceito se manifesta em ações de discriminação e ódio, ocorrendo uma certa intolerância e aversão com aqueles que vem de um diferente lugar e/ou tem uma diferente cultura.
            De acordo com a Lei nº 7716/89, a xenofobia é considerada crime e está previsto no artigo 20 da mesma lei que o indivíduo que praticar, induzir ou incitar o preconceito de raça, cor, etnia e religião está sujeito a punição, sendo ela, pena de reclusão, que pode variar de 1 a 3 anos e multa. E se esse crime for cometido utilizando meios de comunicação, como a internet, televisão, rádio entre outras, a pena pode ser agravada de 2 a 5 anos de reclusão e multa. A Lei também diz que qualquer tipo de discriminação, incluindo a exclusão, ou a não aceitação de um funcionário em um emprego, ou se negar a atender um cliente, ou até mesmo a demissão de um funcionário apenas por ele ter uma cor, raça, etnia ou religião diferente também se configuram como crime.
Ofensas racistas e preconceitos são comuns no cotidiano dos haitianos que trabalham em empresas de Belo Horizonte e região metropolitana da capital. 
Uma equipe de pesquisadores afirma que, de 5.000 haitianos que moram na região metropolitana de BH 100% das mulheres e 60% dos homens sofrem xenofobia e outros preconceitos no meio coorporativo.
Anivain Pierre Paul, 34 anos, está há cinco anos no país e, desde então, tem sofrido com a xenofobia calado. “Burro, chifrudo e macaco”, foram alguns dos insultos que ele teve que escutar, sem poder se defender, por medo de perder o emprego, além disso, já sofreu agressões e afirma que o único motivo é por ser Haitiano. O imigrante nunca reclamou da situação. “Se eu relatar, vão inventar que eu não gosto de trabalhar”, desabafou.





            A xenofobia surgiu de fato na Europa nos anos 80 com a chegada de imigrantes da África e oriente médio para “suprir ”o mercado naquela época, com o acontecido, aquele povo se revoltou ao pensar que, os que chegavam estavam roubando seus empregos.
Mas não pense que a xenofobia acontece só com a migração de um indivíduo á outro país, ela ocorre também dentro do mesmo com a migração dele para outro estado. Hoje os maiores casos de xenofobia dentro do nossos país com os que são daqui mesmo, são aos nordestinos que se caracterizam por sua cultura, modo de falar e gírias.

            Não é tão difícil encontrar brasileiros que entendam que os habitantes do Nordeste são uma sub-raça ou, em última análise, um povo miserável sob todos os aspectos, inclusive desinformado. Os migrantes começaram a ser vistos como a causa principal da pobreza nas metrópoles.

Relação entre xenofobia e racismo:
A xenofobia e o racismo estão correlacionados visto que não há como falar de migrações sem citar os altos fluxo de emigração dos indivíduos de origem africana em busca de condições de vida melhores devido à instabilidade ocasionada por guerras civis, catástrofes naturais entre outros. No Brasil, é notório que com a história baseada em uma falsa democracia racial e respeito com as diferentes culturas. É válido salientar que um imigrante caucasiano e principalmente de origem europeia é muito mais aceito no Brasil que um imigrante pan-africano ou africano, isto é, de cor negra. Vide os exemplos de haitianos que entram no país e estão sendo subjugados a empregos de baixo prestígio social, ou até em trabalhos análogos a escravidão.

Xenofobia no mercado de trabalho:
Há muitos países centrais e periféricos que estimulam a entrada de imigrantes de países subdesenvolvidos devido uma mão de obra barata. Estes trabalhadores, no geral, vivem situações totalmente degradantes, trabalhando em situações insalubres. Além de sofrer com o choque cultural e o preconceito enraizado por parte dos nativos. Logo, é de extrema importância estruturar projetos que acolham os estrangeiros e ensinem o respeito.

Algumas medidas, que segundo o site politize, podem ser eficazes para diminuir incidência de práticas xenófobas:
- Expansão do número de profissionais treinados para investigar e processar casos de violência xenófoba;
- Monitoramento e realização de relatórios com os resultados dos processos de crimes contra estrangeiros;
- Monitoramento e realização de relatórios dos tipos de sentença impostos àqueles culpados de crimes contra estrangeiros;
- Investigações acerca dos padrões de violência policial contra estrangeiros, publicando os resultados, citando as autoridades criminosas, as medidas disciplinares recomendadas e as que foram impostas, bem como recomendações para prevenção de tal tipo de violência;
- Investigação extensa de todos que praticaram crimes contra estrangeiros, incluindo cúmplices e aqueles que incitam atos de violência;
- Intensificação nos esforços para recrutar policiais de diferentes origens nacionais e étnicas;
- Promoção de uma maior integração do imigrante, instrumentalizando-o com os principais conhecimentos que deve ter em relação àquela sociedade e garantindo que tenha acesso aos meios essenciais de sustento;
- Cooperação entre Ong's e governo no suporte aos imigrantes, especialmente em sua chegada e para monitoramento de sua situação no país;
- Banimento de organizações que promovem a xenofobia, o racismo e o fascismo no país;
- Promoção e oferta de cursos da língua nativa para estrangeiros;
- Oferta de programas que possibilitem auxílio financeiro aos imigrantes;
Entre outros.



Camila do Nascimento, Eluane Velasco, Caroline Rodrigues e Jéssica Leopoldino

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