MENTAL NETWORK 2019.4

As doenças do século XXI

Com a expansão da globalização, os avanços tecnológicos trouxeram ferramentas para auxiliar as pessoas no dia-dia. Entretanto, apesar dos lados positivos, a internet intensificou diversos transtornos psicológicos. Assim, tornou o século 21, o século das doenças mentais. Estudos recentes realizados pela agência de saúde pública da Ottawa, no Canadá, comprovam que o uso recorrente das redes sociais possui influência direta na saúde mental de jovens e adultos de forma prejudicial.

Entre os principais distúrbios existentes na sociedade contemporânea, a depressão tem se tornado cada vez mais comum em todo o mundo. Estima-se que cerca de 300 milhões de pessoas sofram desse transtorno mental, podendo se tornar uma crítica condição de saúde. Sendo assim, com a utilização das redes sociais, pensamentos suicidas, crises de ansiedade, distúrbios de sono e crises de baixas autoestima, têm se intensificado progressivamente.

Assim como a depressão, a ansiedade também está relacionada como a influência do meio virtual. A ansiedade é uma resposta normal ao stresser, a preocupações ou sentimentos de ameaça, mas quando se torna muito grave, duradoura ou proporcional desadequada às circunstâncias, passa a ser considerada uma perturbação. O transtorno da ansiedade pode afetar pessoas de todas as idades, não só psicologicamente, como também, fisicamente. Os sintomas variam desde a fadiga, irritabilidade, tensão muscular, falta de ar, aumento da pressão arterial, entre muitos outros.

O novo fenômeno psicológico FOMO, da sigla “Fear of missing out”que significa “medo de estar perdendo algo” é um fenômeno derivado da ansiedade na qual está interligado no contexto das redes sociais. Caracterizado pelo medo de perder eventuais situações dentro do contexto virtual, como publicações, notícias, interações. A sensação de precisar estar conectado a todo momento para conseguir dar conta de todas as informações, e quanto mais opções tivermos, pior é o processo de escolha, devido a dificuldade de lidar com o fato daquilo que não foi escolhido e nem estará sendo vivenciado.