A Não-Ligação entre Modificação Corporal e Profissionalismo
A determinação de um específico vestuário a ser seguido é feito de maneira primordial na maior parte das empresas que hoje atuam no mercado de trabalho. Algumas colocam como necessário o uso de uniforme, enquanto outras pedem roupas sociais.
Porém, uma coisa geralmente é necessária consulta, e os adereços e modificações corporais?
Brincos, tatuagens que ficarão à mostra, piercings, unhas pintadas. Existem empresas hoje mais flexíveis quanto a esses tipos de coisa, porém não é uma realidade geral que está se tornando algo “aceito”.
É curioso apontar, por exemplo, como existem lugares onde a mulher pode estar de unhas pintadas e brincos discretos, porém o homem, de forma alguma pode estar da mesma forma. O que faz um ser mais profissional e aceitável e o outro ser inadmissível? Se o problema é a unha e o brinco em questão, ou todos podem, ou nenhum poderia ter esse direito, já que não modifica na eficiência e responsabilidade do cliente interno a forma a qual ele “se apresenta” no ápice de sua individualidade que seriam as modificações corporais.
O maior vilão nesse tipo de tema acaba por ser único: O Preconceito. Já é comum de se ouvir que alguém tatuado é uma pessoa passível de ser criminosa, por historicamente muitos presidiários possuírem tatuagens e também por ser um rito de passagem da máfia japonesa (Yakuza) que se tatuam em nome de sua “família”.
No caso dos brincos e unhas pintadas em homens, tem muito do preconceito da LGBTfobia, já que tem um histórico antigo de afirmação que os homens cisgênero são intitulados automaticamente gays ou afeminados por ter ou deixar de ter algum tipo de atitude que a sociedade entre muitas entrelinhas ordena que ele tenha.
Há muita conversa ainda sobre esse tipo de debate, mas é sempre importante que alguém tenha a talvez coragem inicial de começar a conversar sobre essas pautas. Até onde é preconceito e até onde é profissionalismo, o que é parecer profissional? São atitudes ou aparências? Ir com uma roupa qualquer suja e amarrotada é igual a ir de uniforme limpo e bem cuidado porém com um brinco na orelha é igualmente inaceitável?
Se com esse pequeno texto, nem entramos em pautas étnicas, de gênero e relacionadas à sexualidade e temos muito para debater, imagina só quanta coisa ainda tem que ser conversada sobre a forma que é tratada o ser humano na posição de empregado.
Autor: Lain Zotelle - 2020.3 Administração
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