O Trabalhador e o seu psicológico na Pandemia


 

 

 Você sabia que seu trabalho pode ser não só sua fonte de renda, mas de diversos problemas psicológicos? A ansiedade de cumprir metas, o receio de perder o emprego e as contas que não fecham de jeito nenhum, esses são alguns exemplos de alguns problemas que caíram de paraquedas na vida de muitos profissionais durante a pandemia atual. A seguir irei expor o impacto psicológico que pode ter sido causado em diversas pessoas.
Vamos entender o porquê disso?
A pandemia começou inesperadamente e se expandiu em tamanha escala que o Brasil mal soube se defender diante do vírus, o mesmo causou medo não só em nosso país mas ao mundo em que vivemos; ao encarar de frente a batalha que já dura um ano encontramos diversos problemas com medidas de segurança para impedir a proliferação do CORONAVÍRUS, e isso fez com que muitas empresas de grande e pequeno porte fechassem suas portas por tempo indeterminado ou definitivamente; chegamos ao “x” da questão, se tudo fecha, e se eu não fazia parte dos serviços essenciais, eu não poderia trabalhar, nessa perspectiva, como eu levaria renda para casa? Afinal, podemos esperar a pandemia passar, mas o cartão de crédito, contas de luz e água não pararam de chegar desde a descoberta da COVID-19.
Nesse contexto, não posso deixar de citar que nunca vi tantas pessoas começando o próprio negócio, na tentativa de levantar sua renda ou pelo menos uma parte dela; mas mesmo com muitos se esforçando alguns simplesmente perderam tudo, não só o trabalho que foi difícil de conseguir e que levava o necessário para sua casa, mas também a força de estar vivo, um dos principais motivos disso foi perda de parentes e pessoas próximas e o pior é que nem todas as mortes estão relacionadas ao vírus em si, com a super lotação de leitos em hospitais acabamos por não ter só vítimas da pandemia, como também falecimentos por outras doenças que necessitavam de cuidados em leitos que já estavam ocupados, e há aqueles que infelizmente passaram por problemas financeiros, familiares e sociais, que acabaram por recorrer ao suicídio (que aliás foi intensificado pela distância social).
Vamos parar um momento e pensar se no meio desse isolamento, em nenhuma das vezes houve medo da sua parte? Ou deixou o monstro da ansiedade tomar o controle que fez com que você aprendesse uma coisa totalmente nova, só para não pensar nos seus problemas? Eu por exemplo perdi meu emprego no início da pandemia e simplesmente fiquei sem chão, olhava para todos os lados, mais de trinta e quatro currículos enviados por dia, para conseguir uma vaga seis meses depois, ganhando a metade do que ganhava anteriormente, mas com os mesmos gastos de quando tinha o outro trabalho; a pressão é muito grande e tentamos de todas as formas nos manter firmes nessa época difícil, quebramos algumas vezes no caminho e os danos psicológicos buscamos tratar da maneira que podemos, mas é cansativo manter a vida profissional e tentar se manter em pé com mil e uma incertezas, pois não sabemos se amanhã vamos vestir nosso uniforme e ir ao emprego, ou se apenas vamos vestir a famosa “roupa de ficar em casa’’, esperando conseguir se sustentar com o que nos resta.
Por fim, não sei dizer se o trabalhador saiu mais financeiramente ou psicologicamente prejudicado, já que danos mentais sejam eles por uma tensão ou perda podem ser para sempre, realmente essa pandemia trouxe a tona tantos problemas no Brasil e nas famílias que aqui habitam, que toda hora era de se esperar a notícia que estávamos quebrados, o consolo vinha na forma da mensagem “vai ficar tudo bem” e da solidariedade de pessoas boas no meio de tantos tombos que levamos do mercado de trabalho; ao final, de tantas coisas ruins ainda foi possível tirar um pouco de aprendizado sobre a vida e o que fazemos com ela.

“Não fazer nada é o trabalho mais cansativo do mundo,pois você não pode se demitir e descansar!”
Thomas Paine

 

Autora: Leidiane Moura - 2020.3 Administração

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