REVISTA WOMEN IN POWER: A Mulher no Mercado de Trabalho


A MULHER NO MERCADO DE TRABALHO: HISTÓRIA, IMPORTÂNCIA E FATOS.


Atualmente o papel que a mulher ocupa no mercado é de grande destaque em relação com os séculos passados, mas ainda não há motivos para comemoração. Segundo a Organização Internacional do Trabalho no Brasil, que aponta um grande crescimento na ocupação feminina em postos formais do trabalho de 40,8% em 2007 para 44% no ano de 2016.

Apesar desse avanço, o dado não condiz com o percentual de mulheres na população brasileira. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), elas já são maioria por aqui, com 51,03%. 

Os dados acima, revelam a grande desigualdade com homens que estão inseridos a mais tempo no mercado, em relação a remuneração recebida por exemplo, tal assunto é de grande debate nos dias atuais.
Esse assunto está ligado diretamente a formação da nossa sociedade através dos séculos. Sendo assim além de dados, é necessário conhecer a história de nossos antepassados no mercado de trabalho. Iremos te mostrar que apesar do cenário atual, ainda precisamos de mais para o futuro.

O TRABALHO FEMININO ANTIGAMENTE


Hoje em dia é normal você encontrar uma mulher no mercado de trabalho, certo? Porém, durante muito tempo a mulher foi criada apenas para casar. Sendo assim fazendo com que a sua função no mundo se limitasse a cuidar da casa, do marido e dos filhos. Já que o homem sempre teve como principal papel ser o provedor do lar.

Mas como tudo na vida, mudanças chegam, e não era sem tempo. O cenário começou a mudar, sobretudo a partir da segunda metade do século 18, com a Revolução Industrial. Amém. Revolução Industrial. Grande importante para todos os âmbitos da nossa história do mundo. Na medida em que as indústrias se fortaleciam, a necessidade de mão de obra aumentava – naquela época, o valor pago pelo trabalho feminino já era inferior. Mas mesmo com todas as ressalvas que se possa fazer ao modo como ocorreu a inserção da mulher no mercado de trabalho, esse foi um processo decisivo – ainda que lento – para a emancipação da figura feminina e a conquista do acesso à educação formal.

O CRESCIMENTO DA MULHER NO MERCADO DE TRABALHO

Os números, mencionados anteriormente, ajudam a entender o crescimento da mulher no mercado de trabalho. Dados do IBGE mostram que, em 1950, apenas 13,6% das mulheres eram economicamente ativas. No mesmo período, o índice dos homens chegava a 80,8%. 
Sessenta anos depois, os dados de 2010 mostraram que a participação feminina mais que triplicou, passando para 49,9%. Entre os homens, por outro lado, o dado caiu para 67,1%.
Ao longo das últimas décadas, foi possível perceber sinais de progresso em termos de igualdade de gênero no mercado de trabalho. Ainda assim, permanece uma grande diferença entre homens e mulheres.

No ambiente profissional o rendimento, formalização e disponibilidade de horas para trabalhar são alguns dos elementos que permanecem desiguais no ambiente profissional. É o que mostram os dados do estudo “Estatísticas de gênero: indicadores sociais das mulheres no Brasil”, do IBGE.

A pesquisa diz que as mulheres trabalham, em média, três horas a mais por semana do que os homens – considerando trabalho remunerado, atividades domésticas e o cuidado de pessoas.
Mesmo assim, e ainda contando com um nível educacional mais alto, elas ganham 76,5%, em média, do rendimento dos homens – diferença que tem caído ao longo dos anos, mas que ainda existe de forma marcante. Por exemplo, enquanto o IBGE estima o rendimento médio mensal dos homens em R$ 2.306, o das mulheres cai para R$ 1.764.
Mas como explicar essa diferença que, como vimos, já vem desde a entrada da mulher no mercado de trabalho? 

Um dos fatores apontados pelo estudo é a presença menos frequente das mulheres no alto escalão das empresas.
Apenas 39,1% dos 
cargos gerenciais são ocupados por elas – e o número diminui ainda mais conforme aumenta a faixa etária.
Outro ponto importante é a divisão do trabalho doméstico: em média, elas dedicam 18 horas por semana ao cuidado de pessoas e aos afazeres domésticos.
Isso representa uma carga 73% maior que a masculina. A diferença é ainda maior no Nordeste, onde chega a 80%. 

A IMPORTÂNCIA DAS MULHERES NO MERCADO DE TRABALHO

Em meio a todas os dados apresentados no tópico anterior, o papel da mulher no mercado de trabalho é de suma importância. Hoje elas possuem altos cargos em grandes empresas e são responsáveis por parcela significativa do mercado de trabalho. Mas para chegar até lá, tiveram que se esforçar para mostrar suas competências.
E aquilo que a princípio pode ser visto como fraqueza revela-se como um ponto forte da atuação da mulher, que é a sensibilidade. O mundo muda e as pessoas precisam se adaptar às mudanças. As mulheres, com sua sensibilidade e responsabilidade, estão mais propensas a se adaptar a essas mudanças e ajudar na mudança daqueles que estão ao seu redor.
O destaque que a mulher apresenta em nossa sociedade hoje mostra a força que ela tem e a maleabilidade para se adaptar a essas mudanças, com habilidade para resolver problemas, assim como os homens. Apesar disso, as mulheres ainda enfrentam diferenças de salário com relação aos homens que ocupam os mesmos cargos. Resultado de uma sociedade que ainda é machista e mesmo em meio a avanços significativos, ainda tem muito que melhorar.
FATOS

Há fatos ao longo da história que atestam que o papel hoje ocupado por elas é mais expressivo do que nunca. Vamos entender melhor?

·       Mulheres na política

Uma das áreas consideradas decisivas para diminuir as disparidades entre homens e mulheres no mercado de trabalho é a política.
De acordo com dados do IBGE de dezembro de 2017, elas ainda ocupam apenas 10,5% dos assentos da Câmara dos Deputados e 16% no Senado.
Um número muito pequeno, especialmente, se considerarmos que as mulheres já representam mais da metade da população brasileira.
Mas muita coisa mudou desde que Carlota Pereira de Queirós se tornou a primeira deputada, em 1934.
De lá para cá, muitas outras mulheres ocuparam cargos eletivos.
Desde o ano de 1995, o Brasil conta com uma legislação que prevê as chamadas cotas eleitorais, que deveriam reservar um percentual de candidaturas para as mulheres nas eleições.
Ainda assim, a medida só se tornou realmente obrigatória a partir de 2009, com uma nova lei.
Agora, é preciso que haja ao mesmo 30% e no máximo 70% de candidaturas de cada sexo em cada partido ou coligação.
Vale dizer que, dentre os 190 países que informaram à Inter-Parliamentary Union, o percentual de cadeiras ocupadas por mulheres em suas câmaras baixas ou parlamento unicameral, o Brasil está em 157° lugar.

·       Maior escolaridade

Apesar de todos os dados e contextos que já apresentamos, vale ressaltar que as mulheres têm superado os homens nos indicadores educacionais, que acabam referindo diretamente no mundo do trabalho.
Segundo o IBGE, 23,5% das mulheres com 25 anos ou mais possuem ensino superior completo, contra 20,7% dos homens.
O maior desafio pela frente é que a qualificação atingida por elas tenha reflexo também nos postos ocupados e nos salários oferecidos.

·       Liderança feminina
O estudo “Women in Business 2017”, realizado pela Grant Thornton, reforça o quanto ainda precisamos avançar.
Feito com mais de cinco mil participantes de 36 países, a pesquisa indica avanços e também disparidades persistentes no meio corporativo quando o foco são as mulheres.
Mas apesar de mostrar que a taxa de mulheres ocupando cargos de gerência ainda é pequena, o estudo também traz boas perspectivas: a proporção feminina em cargos de CEO subiu de 11% para 16% ao longo do ano passado.
O grande desafio é manter o índice em crescimento.

Outra conclusão da pesquisa tem a ver diretamente com o tema deste tópico: a falta de 
e maior de modelos a serem seguidos poderia, e muito, estimular a liderança feminina no mundo do trabalho.
exemplos femininos a serem seguidos.
Grande parte das mulheres que participaram do Women in Business afirma que uma quantidadE não é difícil enxergar a lógica por trás desse pensamento.
Vamos olhar para o universo masculino e fazer um rápido exercício.
Quantos meninos já não sonharam se tornar jogadores de futebol?
O sonho pode até não se concretizar, mas suas raízes costumam ter origem na admiração pelos grandes ídolos do esporte, que eles vêem jogar e fazer sucesso desde pequenos.
Hoje em dia, a jogadora Marta, a mais premiada da história do futebol feminino, é esse exemplo para aquelas que sonham com o futebol como profissão.
Incentivar o desenvolvimento de outras lideranças como ela, nos mais variados segmentos, é mostrar para as mulheres que elas também podem chegar lá.

Fonte: https://www.sbcoaching.com.br

Brenda dos Santos, Karine Araujo e Laíssa Caroline
Adm 2019.2


  




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