Toxicologia e doenças ocupacionais 2018.4
TOXICOLOGIA E DOENÇAS OCUPACIONAIS
Em qualquer lugar estamos expostos a produtos químicos. Segundo a American Chemical Society (ACS), há mais de 11 milhões de substâncias químicas no mundo. Dentre essas substâncias, convivemos com 80 mil em nosso cotidiano, no uso industrial, comercial ou doméstico. Quando há um contato do nosso organismo com essas substâncias pode ocorrer uma absorção pela via dérmica, vias respiratórias ou pelo trato gastrointestinal, podendo causar doenças.
A Toxicologia ocupacional é a ciência que trata dessas substâncias químicas, agentes químicos ou xenobióticos existentes no ambiente de trabalho e que oferecem risco à saúde do trabalhador. Seu objetivo é prevenir a saúde do trabalhador ocupacional exposto. A Norma Regulamentadora nº7 (NR-7/PCMSO) monitora os níveis dessas substâncias no meio ocupacional, visando prevenir e minimizar riscos de intoxicação do trabalhador.
As doenças ocupacionais são as doenças que estão relacionados à profissão ou atividade do trabalhador e às condições de trabalho do mesmo. Podem ser doenças profissionais, é aquela produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho inerente a certa atividade, ou do trabalho, é a exposição do trabalhador a agentes nocivos comuns a todos os outros trabalhadores que atuam na mesma atividade.
Higiene Ocupacional
Higiene ocupacional é um conjunto de estratégias preventivas referentes ao meio ocupacional para que o percentual de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais diminua.A higiene do trabalho dedica-se principalmente à antecipação, reconhecimento, avaliação e controle de fatores e riscos ambientais originados nos ambientes de trabalho e que podem causar doenças, prejuízos para a saúde ou ao bem-estar dos trabalhadores, como também para os ambientes vizinhos e para o meio ambiente em geral. A principal medida de prevenção dos acidentes causados por riscos mecânicos é realizar um programa de inspeções de segurança.
RISCOS FÍSICOS E MECÂNICOS
No ambiente ocupacional o trabalhador pode estar exposto a riscos físicos e mecânicos.Riscos físicos: inúmeras formas de energia que os trabalhadores possam estar expostos. Alguns exemplos: ruído, calor, frio, pressão, umidade, etc.
Risco mecânico: uso de algumas ferramentas, ao manusear equipamentos, operar máquinas podem causar danos físicos ao trabalhador. Alguns exemplos: queimaduras, quedas, cortes, amputações, etc.
Doenças no ambiente de trabalho
As doenças afetam tanto patrões como empregados, além do abatimento gerado o empregador também sofre com o afastamento do mesmo. Para evitar isso o (a) trabalhador (a) deve tomar alguns cuidados e utilizar equipamentos de proteção e a companhia deve estar sempre atenta em oferecer todos os cuidados para diminuir os riscos de acidentes e doenças. Veja abaixo algumas dessas doenças:
- Dor nas costas:
- Lesões no joelho:
- Doenças do coração:
- Depressão e estresse:
A cobrança intensa por resultados satisfatórios aumenta o nível de estresse que pode se transformar em depressão. Distúrbios de humor, a ansiedade e tensão no trabalho também são fatores que desenvolvem as patologias. A confirmação ocorre através de um diagnóstico realizado por um médico do trabalho
- Varizes:
Esta é outra doença que afeta os funcionários que ficam muito tempo sentados ou em pé. Apesar de não parecerem graves, as varizes prejudicam bastante os funcionários.
- Câncer de mama:
Ele está relacionado a tendências genéticas e má qualidade de vida. Neste sentido, muitas empresas incentivam suas funcionárias, através de campanhas internas, a realizar exames periódicos para reduzir a mortalidade e os riscos de afastamento para tratamento da enfermidade.
Sua visão em risco!
Cada vez mais a tecnologia está presente no meio ocupacional, o uso contínuo desses aparelhos podem causar riscos à saúde do trabalhador
Especialistas aconselham uso moderado dos aparelhos e proteção com lentes fotossensíveis.
Os brasileiros têm passado cada vez mais tempo na frente os aparelhos eletrônicos. Hoje em dia, é quase impossível passar o dia sem olhar a tela da televisão, do computador ou do celular. E os casos de problemas oculares têm crescido a cada ano. Em 2018 os estudos provaram que o tempo médio passado enfrente os aparelhos eletrônicos é de 3h e 30min.
Entre os jovens, a média é ainda maior: quatro horas. E o uso excessivo desses aparelhos tem aumentado a incidência de problemas de visão.
A luz emitida por esses aparelhos e também por lâmpadas de LED podem causar danos irreversíveis, segundo a diretora da Sociedade de Oftalmologia Pediátrica da América Latina, Marcia Beatriz Tartarella. “O efeito da radiação por fototoxicidade vai se acumulando nas células da retina, leva a degeneração da mácula, área nobre da visão”, afirma.
Os primeiros sintomas relacionados a este tipo de luminosidade não se manifestam de imediato. É quase impossível perceber anomalias a curto prazo, mas qualquer sinal de exaustão visual, sensação de olhos secos , irritação ocular e até coceira, deve ser avaliado clinicamente.
José Augusto Alves Ottaiano,Vice-presidente do Conselho Brasileiro de Oftalmologia explica que piscamos menos quando estamos em contato com a tela de computadores ou celulares, além de efetuarmos maior pressão para que a visão esteja com mais nitidez.
“Nós piscamos em média 15 vezes por minuto. Este é o número necessário para uma boa lubrificação lacrimal. Porém, em situações de estresse, que exigem um foco muito grande do nosso olhar, essa quantidade pode se reduzir a quatro, cinco vezes por minuto. Isso gera uma sobrecarga ocular”, diz o médico.
O especialista ainda dá algumas dicas para minimizar o impacto da luz:
• Para quem trabalha em escritório, por exemplo, o ideal é que o computador esteja sempre no mesmo nível do olhar. Caso esteja acima, a musculatura ocular demora mais tempo para renovar a superfície lacrimal, deixando o olho desidratado.
• Além disso, não se deve prolongar a permanência em frente à tela. Pausas a cada duas horas ajudam a evitar maiores complicações.
• Ar-condicionado também desidrata os olhos e amplia os problemas causados pela luminosidade, especialmente em ambientes menores como o interior do carro.
• É importante lembrar de ajustar as configurações de cada tela para que o brilho se regule de acordo com a luminosidade do local. Ambientes escuros não precisam de um alto brilho no display do celular.
A falta de cuidado nestes casos pode causar doenças oculares como a catarata e presbiopia, além de problemas nas áreas da córnea, retina, mácula e cristalino, levando à perda de visão gradativa.
Lentes de proteção.
A luz azul está também presente em ambientes externos e, por isso, o uso de óculos escuros com proteção para raios ultravioleta é aconselhado.
Outra possibilidade é o uso de lentes fotossensíveis, que se ajustam de acordo com a luminosidade do local e dos dispositivos com tela. “O mercado hoje já possui tratamentos especiais que proporcionam conforto e proteção em qualquer ambiente”, completa a oftalmologista.
“Existe radiação da luz azul violeta pelo sol em pequena quantidade, mas isso tem aumentado devido à perda da camada de ozônio protetora pela poluição ambiental”, afirma Marcia Beatriz Tartarella Doutor em Medicina (Oftalmologia) pela UNIFESP (1994/1999).
TEMA: TOXICOLOGIA E DOENÇAS OCUPACIONAIS
ALUNAS: Letícia, Layane e Priscila TURMA: 2018.4
Comentários
Postar um comentário